segunda-feira, 4 de julho de 2011

5 Melhor Filmes Fictícios

Já tinha feito um apanhado de bandas fictícias.
Mas nem tudo o que é fictício tem que ser música. Também há aqueles filmes que, por um motivo ou outro, nunca vimos, mas marcam-nos a todos.

Usualmente estes filmes são inseridos para efeito cómico, tendo por isso uma intencional fraca qualidade. Os motivos são vários: para mostrar o mau gosto dos personagens - ou mesmo do nosso público em geral, para fazer um crossover tão estúpido que ninguém o financiaria no mundo real, ou até para adicionar algo à história do filme e dar seguimento e rumo ao enredo (imagine-se lá porquê, mas há quem faça coisa destas).
Singin in the Rain, por exemplo, é um clássico que usa isto como muleta narrativa.

Heart and Pearls, incluído no clássico Sherlock Jr. de Buster Keaton é o primeiro grande exemplo de que me lembro (talvez haja algum exemplo anterior, mas pesquisa é para maricas!). O personagem principal é um projeccionista trapalhão que...quer a gaja. Acontecem umas coisinhas engraçadas e quando damos por ela, ele sonha com um filme (o tal Heart and Pearls), em que Buster Keaton se torna num autêntico...Sherlock Holmes. Só que Júnior. Esse filme é tão bom, que achei por bem não incluí-lo na lista, pois isto é um espaço humorístico e, como sabemos, Buster Keaton é demasiado respeitável para ser associado a comédia. Um gajo sério, portanto. De qualquer forma, mais-do-que-aconselho ver ou rever este clip desse filme:

Nota: reza a lenda que Buster fracturou o pescoço nesta cena. Partindo do pressuposto de que isso é verdade, tenho um recado: "Jackie Chan, se estiveres a ler isto, aprende com quem sabe! E, já agora, desde quando é que sabes ler português?".

Comecemos, então:





#5. SIMPLE JACK

















Tropic Thunder. Uma comédia daquelas estúpidas que até conseguiu ser nomeada para o horácio de melhor actor secundário da academia.
O magnum opus de Ben Stiller enquanto realizador, até ao momento (peço desculpa aos fãs de O Melga) tem os seus altos e baixos, certamente. Mas se há coisa que este filme nos consegue fazer é rir de diversas referências e/ou críticas à indústria do cinema (umas mais, outras menos subtis).
O protagonista do filme é um actor que se destacou por uma saga de filmes de acção, cada vez menos icónicos. Numa tentativa de relançar a sua carreira experimentou fazer um papel "Oscar Bait", interpretando um retardado mental que apenas quer encontrar o seu lugar no mundo. Correu desastrosamente mal.
Os motivos que levaram ao fracasso são brilhantemente explicados pelo personagem de Robert Downey Jr, um actor de renome, que conquista sempre as críticas (e os prémios), num dos melhores momentos de meta-humor observacional de que há memória (o tal "never go full retard").


#4. NATION'S PRIDE












Inglourious Basterds, indubitavelmente o melhor filme cujo nome está mal escrito da carreira de Tarantino.
Tem várias personagens interessantes (quase unanimemente se louva aquele poliglota nazi cujo nome agora não me lembro), mas há uma que penso que é mais humana do que as outras: Frederick Zoller. Digo-o porque, é o único com virtudes e defeitos típicos de um humano, apesar de ser um herói de guerra fanfarrão com cara de bebé. Ao fim ao cabo, é difícil de acreditar nele, mas vamos vendo que o que ele diz que fez é verdade. E, apesar de se gabar, tenta gabar-se humildemente, e aproveitar-se ao máximo dos seus feitos, apesar de não querer tornar-se (ou, pelo menos, parecer) fanfarrão. Estão a ver o género? Como os humanos costumam fazer. Talvez por isso é que ele fica tão estranho no meio dos personagens caricaturados dos filmes de um realizador que é tudo aquilo que Zoller é, excepto herói de guerra e aspirante a humilde.
O filme (realizado pelo "aluno" de Tarantino, Eli Roth) é apenas o próprio Zoller numa torre a matar americanos. E os Nazis riem-se, e riem-se, e riem-se, e riem-se. Esses porcos.
Claro que no próprio Inglourious Basterds, apenas minutos depois, vemos 2 americanos numa torre a matar nazis. E, se estavam na mesma sala de cinema que eu, o público ria-se e ria-se e ria-se e ria-se. Eh, eh, tem piada porque eles são nazis.

#3. LA FIN ABSOLUE DU MONDE

















Certamente diferente dos outros desta lista.
Masters of Horror é uma série que junta...bem, junta mestres do terror. Cada episódio é como um tele-filme de uma hora, realizado por cada um dos...mestres do terror. O elenco da 1ª temporada conta com nomes como Takashi Miike (muito aconselhável), John Landis (ele...realizou um filme de terror e o thriller no meio da carreira dele), Joe Dante, Dario Argento e....John Fuckin' Carpenter.
O episódio de Carpenter na primeira série chama-se Cigarrette Burns. E trata de um ricalhaço (eh eh, Udo Kier) que vive obcecado com um filme, e por isso contrata um tipo para procurá-lo. Não é procurá-lo no sentido de procurá-lo no Ebay, ou mesmo no Pirate Bay, mas procurar uma cópia que seja, visto que se pensa que todas as cópias foram queimadas, excepto uma.
E esse filme é...pois, o La Fin Absolue du Monde, um filme que só foi exibido uma vez na história, num festival qualquer em Barcelona. Todos que estavam nessa sessão começaram a matar-se uns aos outros.
E mais não digo, para não estragar.


#2. ANGELS WITH FILTHY SOULS

















Não sabes qual é? E se te dissesse "Keep the change, you filthy animal"? Ainda não?
É aquele filme do Sozinho em Casa, que Kevin, o ponto alto da carreira de Macaulay Culkin (tenta escrever este nome de memória), mete a dar para assustar os ladrões. E funciona!

"i'm gonna count to ten! ONE...TWO...TEN!! AH!AH!AH!"


#1. SCHWARZENEGGER'S HAMLET
Hamlet...pelo Schwarzenegger! Nada do que diga pode acrescentar a este filme que está incluído num dos filmes mais subvalorizados de sempre, Last Action Hero. Nota: nesse filme também há um poster do TERMINATOR 2 pelo...Stallone.

Aqui está o trailer ("Hey, Claudius, you killed my father...Big Mistake!):


Acho uma falta de respeito nunca terem chegado a fazer este filme.

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